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Aluna da eletrônica recebe homenagem na Assembleia Legislativa

RECONHECIMENTO

Iniciativa da Procuradoria da Mulher premiou 59 estudantes gaúchas que conquistaram medalhas em olimpíadas de ciências exatas em 2018
publicado: 05/11/2019 16h32, última modificação: 05/11/2019 18h44

A aluna Camile Rosin de Sousa, do curso técnico em eletrônica, foi uma das 59 estudantes gaúchas homenageadas pela Procuradoria da Mulher, da Assembleia Legislativa (AL/RS), em cerimônia realizada na última quinta-feira, 31 de outubro, no Salão Júlio de Castilhos, em Porto Alegre. Esta é a quarta vez consecutiva que a AL condecora meninas medalhistas de ouro em olimpíadas de ciências exatas.

A representante do câmpus Pelotas entrou para a seleta lista por ter conquistado o ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) de 2018.

“Lembro de estar ainda no 3º ou 4º ano e responder que matemática era minha matéria preferida, quando perguntada, o que mudou um pouco ao passar dos anos, mas ela nunca saiu do top 3. Só sei que sempre me diverti resolvendo problemas e tentando entender mais a fundo como essa área funciona. Posso dizer que, desde o início, tenho tido muito facilidade, sim. É uma das únicas matérias, junto com o inglês, em que consigo fixar o conteúdo por um bom tempo, sem esquecer de detalhes”, disse Camile ao explicar a sua relação de amor com cálculos e fórmulas. O primeiro ouro dela veia em 2017, nas Olimpíadas Regionais do IFSul.

Além do talento nato, a estudante afirmou que não abre mão de uma intensa rotina de estudos para enfrentar as dificuldades habituais das principais competições estudantis envolvendo cálculos.

“A história muda quando se trata de olimpíadas, já que exigem muito mais do aluno do que problemas triviais de sala de aula”, destacou.

Iniciativa

As meninas homenageadas pela Procuradoria da Mulher, da AL/RS, têm entre 11 e 16 anos e participaram de olimpíadas de matemática, física, química, astronáutica e astrofísica.

A iniciativa, segundo a procuradora Kelly Moraes (PTB), tem o objetivo de estimular a integração das mulheres no mundo científico, predominantemente masculino.

 “Hoje, apenas 10% dos participantes das olimpíadas de ciências exatas são meninas. No entanto, percebemos que a presença delas vem aumentando nos últimos anos. Em 2011, eram 11 medalhistas gaúchas. Em 2018, foram 34. E neste ano, temos 59 meninas medalhistas de ouro”, comemorou.

A presidente da Associação das Meninas Medalhistas, Nara Bigolim, da Universidade de Santa Maria, afirmou que o avanço das meninas nas ciências exatas refletirá na representatividade feminina em outros espaços sociais, políticos e econômicos. Mãe de duas medalhistas, Nara assegurou que a participação nas olimpíadas abre portas e novos horizontes.

“As oportunidades aparecem logo adiante. Tenho a convicção que essas meninas terão um futuro de protagonismo”, observou.

Foto/crédito: André Lisboa

Texto: CCS/câmpus Pelotas com informações da Agência de Notícias da AL/RS