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Aluno da Edificações é bronze na Olimpíada Paulista de Matemática

ENSINO TÉCNICO

Medalha conquistada por Rikelme Griep é inédita para o IFSul nesta competição
publicado: 16/11/2017 11h55, última modificação: 16/11/2017 11h55

O aluno Rikelme Griep, do curso técnico em Edificações, conquistou o bronze na edição 2017 da Olimpíada Paulista de Matemática (OPM). A medalha é inédita para o IFSul nesta competição, quer reuniu na fase final 591 estudantes do ensino fundamental e médio, de escolas públicas e privadas do país. As provas da última etapa foram aplicadas no dia 28 de outubro, em São Paulo (SP), no Biênio da Escola Politécnica da USP, Cidade Universitária.

Rikelme viajou à capital paulista acompanhado do pai e ficou hospedado em um hotel próximo ao local da competição. Natural de Pelotas, ele não conhecia a metrópole e ficou impressionado com o tamanho da cidade. “São Paulo é muito grande”, resumiu o estudante, que, até então, só tinha Porto Alegre como referência.

A medalha de bronze foi suada. Em uma rápida comparação entre os níveis das duas fases da OPM, Rikelme afirma que a prova final foi bem mais difícil, pois cobrou, além do conteúdo da primeira fase, outros conhecimentos mais específicos, como expressões algébricas e sentenças matemáticas; equações e problemas do 1º grau; medidas de comprimento, área, volume, massa e tempo; ângulos; noções elementares de contagem; razão e proporção; e grandezas diretamente e inversamente proporcionais.

Rikelme confessa que ainda não tinha estudado alguns desses assuntos, mas que isso não foi decisivo para minar seu desempenho na prova. O jovem de 16 anos confiou em sua habilidade nata para cálculos, herdada, segundo ele, do pai e do avô. “Meu pai e meu avô adoram matemática, e eu também sempre gostei de fazer contas desde pequeno”, comenta. Quando criança, nas brincadeiras com o irmão mais novo, a diversão preferida era ficar disputando para ver quem fazia cálculos, de cabeça, mais rápido. Um passatempo um tanto quanto inusitado para guris nessa faixa etária.

O mais novo medalhista de bronze da OPM 2017 ingressou no curso técnico em Edificações do câmpus Pelotas no primeiro semestre de 2016. Foi o segundo colocado no vestibular da época sem ter estudado uma linha sequer do conteúdo programático. “Não me dediquei especificamente para a prova do IFSul. Tinha uma boa base, e foi isso que me deu confiança e fez com que eu conseguisse minha aprovação”, conta.

Até o momento, a afinidade com os cálculos tem garantido excelentes notas a Rikelme. Em matemática e química, sua média é 10. Em física, 9. Por isso, ele está bastante otimista em relação ao seu futuro nas principais competições do gênero. Já participou da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (Obfep) e, mais recentemente, ficou com a medalha de prata na 1ª Olimpíada Regional de Matemática do IFSul/câmpus Pelotas (ORM-IFSul), o que lhe garantiu uma vaga de suplente na final da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM).

“Acho que também vou ser classificado para a OBM. Estou bastante confiante nisso. Quero aprender sempre mais, e participar de eventos como estes é muito importante para desenvolver meu raciocínio em diferentes situações”, ressalta o estudante, que sonha em ser engenheiro civil.

Mais resultados

Caso Rikelme consiga uma vaga na fase final da OBM, o câmpus Pelotas terá quatro candidatos na competição. Três já garantiram seus lugares no nível 3 (ensino médio): Luiz Eduardo Richardt de Azevedo (Eletrônica), Matheus da Costa Schwantz (Edificações) e Nicole Lemons de Vasconcelos (Química).

Ao todo, dez estudantes de Pelotas e região participarão da última etapa da OBM, todos eles classificados via ORM-IFSul. As provas serão realizadas nos dias 24 e 25 de novembro, às 14h (horário de Brasília), e pela primeira vez o IFSul/câmpus Pelotas será um dos locais de aplicação dos exames.

A OBM seleciona alunos para as olimpíadas internacionais e é a competição cientifica mais difícil do Brasil. A primeira edição ocorreu em 1979. Seu estilo é diferente se comparado à Obmep. Na OBM, a prova é mais técnica, engenhosa e recreativa, já a da Obmep não explora questões técnicas de matemática - como teoremas usados por matemáticos profissionais -, explica o professor de matemática Julio Mohnsam, um dos responsáveis pela preparação dos alunos no câmpus Pelotas.