Alunos da Química são destaque em eventos acadêmicos

O curso técnico em química vai encerrar 2018 com bons motivos para comemorar. Conforme a coordenação do curso, seis alunos foram destaque em importantes eventos realizados no ano. E, para 2019, as projeções são animadoras.

Na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), uma das competições estudantis mais concorridas do Brasil, a estudante Nicole Lemons de Vasconcelos conquistou um dos três bronze obtidos pelo câmpus e quebrou o jejum de medalhas entre as meninas da instituição. As últimas haviam sido conquistadas em 2007, com Mariana Müller Barcelos e Priscilla Ambrosi - as duas de bronze.

Quem também mandou muito bem foi Thissiana da Cunha Fernandes. Ela está entre os 26 estudantes de todo o país selecionados para participar do 28º Programa Bolsas de Verão do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), nos meses de janeiro e fevereiro de 2019, em Campinas (SP). O aluno selecionado é orientado por um pesquisador e/ou tecnólogo qualificado de um dos laboratórios nacionais do CNPEM. O desafio do estudante é desenvolver um projeto proposto pelo orientador e apresentar resultados em forma de comunicação oral (seminários), comunicação escrita e relatório final de pesquisa.

Outro evento com participação destacada do curso técnico em química foi a 27ª Olimpíada de Química do Rio Grande do Sul. Foram três menções honrosas, conquistadas pelos alunos Gabriel Piraine Bandeira, João Gabriel Rocha e Kellen Crizel da Rocha. Eles estão entre os 84 estudantes premiados de um total de 1.329 de todo o RS.

Já na Mostra de Produção do IFSul, realizada no câmpus Passo Fundo, o estudante Iago Riveiro Santos Dutra foi destaque no segmento Pesquisa e Inovação com o trabalho intitulado “Obtenção de bio-óleo através da co-pirólise da casca de arroz e lodo de esgoto industrial tratado”, sob orientação da professora Giani Mariza Berwald Bohm.

Estímulo

Coordenadora do curso técnico em química do câmpus Pelotas, a professora Nadja Costa atribui os resultados positivos ao estímulo dado aos alunos para que eles busquem “conhecimentos diversificados”, ampliando a sua capacidade de raciocínio.

“Sendo a química uma área do conhecimento que apresenta aplicação e interfaces com muitas outras áreas, o currículo do nosso curso trabalha e exige do aluno conhecimentos diversificados. Eles são trabalhados para aprender a aprender e, dentro de cada disciplina, são estimulados a estabelecer relações entre diversos conteúdos, o que desenvolve significativamente o raciocínio deles”, explica.

Para a coordenadora, outro ponto positivo do curso é a qualificação e o envolvimento do corpo docente, que contribuiu ativamente, segundo ela, para o processo de verticalização do ensino dentro do câmpus Pelotas, permitindo que a instituição pudesse contar hoje com cursos na área química que vão do ensino médio/técnico a pós-graduação (mestrado).

“Existe um sentimento de paixão pelo que se faz, e isto vem a inspirar e contagiar nossos alunos na busca pelo conhecimento. A maioria de nossos professores é mestre e doutor. Muitos atuam tanto no ensino como em projetos de pesquisa. Este ambiente cria possibilidades para a participação dos estudantes em tais atividades, desenvolvendo o pensamento crítico e instigando o raciocínio. Coloca o educando no centro do processo ensino-aprendizagem, no qual o aluno deixa de ser passivo nesta relação e passa a ator principal, criando e respondendo suas próprias questões. Estas atividades melhoram a motivação destes jovens, que encontram na prática a aplicação de muitos conceitos trabalhados em sala de aula. Além do conhecimento técnico, a participação nas atividades científicas desenvolve o ser humano no que tange a ética, responsabilidade, capacidade de organização, o trabalho em equipe, entre outros”, argumenta.

Em 2019, o curso técnico em química quer alçar voos ainda mais altos. Para tanto, a coordenação afirma que vai trabalhar ainda mais para incentivar a participação de seus estudantes nos principais eventos e competições do país. E planos para isso não faltam.

“Desejo muito que, em 2019, sejam garantidas condições para o desenvolvimento de atividades curriculares e extracurriculares, como grupos de estudos, clubes de ciências, grupos de pesquisa, área física, financiamento de projetos e ajuste de carga horária de professores e técnico-administrativos envolvidos em pesquisa para que mais servidores possam desenvolver tais atividades”, almeja a coordenadora.