Você está aqui: Página Inicial > Notícias > Após temporada de estudos na França, alunos do câmpus Pelotas aguardam pela dupla diplomação

Notícias

Após temporada de estudos na França, alunos do câmpus Pelotas aguardam pela dupla diplomação

MOBILIDADE ACADÊMICA

De volta ao IFSul para conclusão de seus cursos, Cloé Pich, da engenharia química, e Patrick Bartz, da engenharia elétrica, contam como foi a experiência de estudar e estagiar na Europa
publicado: 04/11/2020 13h02, última modificação: 04/11/2020 14h29

Após dois anos de intercâmbio na França, os estudantes do câmpus Pelotas Cloé Pich, da engenharia química, e Patrick Bartz, da engenharia elétrica, estão de volta ao Brasil. Com seus respectivos cursos concluídos na Europa, eles retornam agora ao IFSul para obter a dupla diplomação.

Em 2018, a dupla foi selecionada para participar do Brafitec, programa franco-brasileiro de mobilidade acadêmica que beneficia estudantes de diferentes áreas da engenharia. Na oportunidade, puderam vivenciar uma temporada de estudos na Sigma Clermont, localizada na cidade de Clermont-Ferrand, a maior da região de Auvergne, no centro da França, com cerca de 140 mil habitantes.

Firmado pelos governos francês e brasileiro, o objetivo do Brafitec é fomentar o intercâmbio em ambos os países e estimular a aproximação das estruturas curriculares, inclusive a equivalência e o reconhecimento mútuo de créditos quando validado pelas coordenações dos cursos envolvidos.

Na matéria desta semana, você confere a reportagem com a Cloé.

A pioneira

Na França desde setembro de 2018, Cloé é a primeira estudante do curso a receber o título de engenheira química no exterior. Durante o período em que estudou na Sigma Clermont, buscou aproveitar todas as oportunidades oferecidas e, além de cursar disciplinas técnicas e humanas, teve a chance de realizar dois estágios. Em busca de crescimento pessoal e profissional, foi estagiária em uma equipe de pesquisa e desenvolvimento na empresa Michelin.

Para ela, a experiência permitiu vivenciar a realidade do curso de engenharia química em um ângulo diferente, com outras perspectivas e pontos de vista. A expectativa para o futuro é seguir na área de pesquisa e desenvolvimento, trabalhando com modelagem de processos químicos.

“Eu avalio, até o momento, como a experiência mais enriquecedora que já vivi. Dois anos me adaptando a uma nova cultura, conhecendo pessoas diferentes, repensando conceitos e aprendendo no dia a dia a compreender melhor os outros me fizeram evoluir muito pessoalmente” destaca.

Pelo IFSul, Cloé expressa muita gratidão por conta da educação de qualidade oferecida desde o início de sua trajetória, quando ainda era estudante do curso de eletrotécnica. O sentimento agora é de dever cumprido por ser a primeira aluna da engenharia química a obter a dupla diplomação. 

A experiência internacional proporciona aos estudantes conviver com uma comunidade plural, além de desenvolver habilidades de liderança, relacionamento interpessoal, adaptação a diferentes cenários e trabalho em equipe. O coordenador da engenharia química Jander Monks explica que a Sigma tem muitas conexões com empresas multinacionais e, por isso, proporciona aos estudantes a prática profissional, estimulando a construção do conhecimento fora da sala de aula.

“Entender as experiências e as dificuldades enfrentadas pelos nossos alunos no tempo em que estiveram na França é uma oportunidade de qualificação e reflexão para o curso. É um momento para repensar as estratégias de ensino e como melhorar a conexão com o mercado de trabalho, porque os alunos nos trazem um novo cenário. Isso faz o curso crescer, uma vez que temos um olhar diferenciado quanto a formação dos estudantes”, ressalta. 

A internacionalização abre novas portas para que os professores pensem sobre o formato das disciplinas e métodos de ensino e possam valorizar as habilidades e competências do estudante.

Conforme o chefe do departamento de ensino de graduação e pós-graduação Júlio Ruzicki, a dupla diplomação representa a internacionalização do câmpus, um dos objetivos destacados nas novas diretrizes curriculares nacionais para os cursos de engenharia. A conquista é consequência do comprometimento da instituição e do câmpus, assim como dos professores, alunos e servidores

“Essa conquista demonstra a excelência do curso de engenharia química, que é refletida também em seus alunos. Isso possibilitou que as instituições parceiras da França aprovassem a ampliação do convênio, obtendo a dupla diplomação. O resultado vai contribuir com a formação dos alunos, além de trazer bons resultados para a classificação do curso nos instrumentos de avaliação” finaliza.

No IFSul, além de Cloé Pich e Patrick Bartz, a estudante Luiza Afonso, da engenharia química, também foi contemplada com uma temporada de estudos na França e retorna no final do ano. Atualmente, mais três estudantes do câmpus Pelotas já estão selecionados para o próximo intercâmbio do Brafitec, mas, por conta da pandemia, ainda estão impossibilitados de embarcar. Luis Gustavo Longo da Silva, da engenharia elétrica, Marco Pietro Corrêa Botelho e Bruno Felipe Cunha da Rosa, da engenharia química, têm previsão de ida entre o final deste ano e o início do ano que vem.

A segunda e última reportagem da série é com o aluno Patrick Bartz, da engenharia elétrica do câmpus Pelotas.

registrado em: ,