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Câmpus Pelotas sedia mostra “Memórias resistentes na educação brasileira”

PÓS-GRADUAÇÃO

Histórias de educadores brasileiros foram contadas em bâneres expostos no saguão
publicado: 07/11/2017 10h34, última modificação: 07/11/2017 10h34

“Instrui-vos porque teremos necessidade de toda vossa inteligência. Agitai-vos porque teremos necessidade de todo vosso entusiasmo.Organizai-vos porque teremos necessidade de toda vossa força.” Foi baseada neste verso do filósofo italiano Antonio Gramsci que a professora e organizadora da mostra “Memórias resistentes na educação brasileira – da escavação do vivido à construção da espera/esperança – humana condição”, Cleoni Fernandes, fez um emocionado discurso sobre a importância do acesso à educação, nesta segunda (6), durante a abertura oficial do evento, no saguão do câmpus Pelotas.

A mostra, elaborada pelos alunos do mestrado profissional em Educação e Tecnologia do IFSul/câmpus Pelotas, em parceria com a Universidade Federal do Pampa (Unipampa), através da professora Nádia Fátima Bucco, tem por objetivo criar um espaço aberto para estimular o pensamento critico, por meio do resgate das memórias de alguns educadores brasileiros. Bâneres que contam um pouco da vida e obra de teóricos como Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro, Paulo Freire, Milton Santos e Caio Prado Junior foram confeccionados pelos mestrandos de ambas as instituições e estarão em exposição até quarta-feira (8).

“Nunca foi tão importante fazer este momento, ter esses diálogos e revisitar estes pensadores que as escolas vêm esquecendo. Temos que trazer à tona e discutir a importância destes pensadores para a educação brasileira”, salienta a professora Nádia, que acredita que, no cenário atual da educação brasileira, é preciso mostrar resistência. “Estamos vivendo de ataques em ataques todos os dias, e o alvo infelizmente é a educação. Querem que estejamos alienados”, conclui.

A professora idealizadora do projeto, Cleoni Fernandes, também destaca a relevância do estudo das obras dos teóricos referidos na mostra. “Estes educadores tinham um projeto de nação com justiça social, que é o direito de acesso à igualdade e oportunidades. Não somos iguais, mas temos o direito de acesso à igualdade”, afirma.

Para a realização do projeto, além do convênio entre as instituições, que está em processo de formalização, Cleoni Fernandes, que trabalha há 45 anos no IFSul, ressalta a importância do empenho e trabalho de equipe do grupo do mestrado. “Aqui eu encontrei um grupo aberto e consciente da sua importância na educação brasileira e na do Rio Grande do Sul. Acredito que outro mundo é possível, estamos lutando pela justiça social”, avalia.

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