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Estudante do IFSul projeta robô que realiza testes rápidos de Covid-19

INICIATIVA

Projeto busca otimizar o tempo dos profissionais de saúde envolvidos no processo
publicado: 19/05/2020 13h52, última modificação: 20/05/2020 12h04

Foi movido pelo desejo de transformar vidas por meio da ciência que um estudante do curso de química do IFSul criou uma alternativa de testes rápidos para a Covid-19. Pedro Doleske, de 15 anos, foi um dos convocados pela The New York Academy of Sciences para encontrar uma solução de combate, diminuição, controle e cura do novo Coronavírus. Auxiliado por outros quatro pesquisadores de diferentes nacionalidades, iniciou um projeto que busca otimizar o tempo dos profissionais de saúde envolvidos no processo de teste da doença.

Hoje, os testes são realizados por profissionais, que precisam dar atenção especial para cada pessoa que necessita do exame. A ideia de Pedro é que o teste passe a ser feito por um robô, operado pela própria pessoa. O único envolvimento necessário será de um voluntário para auxiliar no funcionamento da máquina, que precisará apenas dos equipamentos de proteção. Assim, os profissionais da saúde poderão agir exclusivamente no tratamento de pessoas que já foram testadas positivas para a doença.

O processo é muito simples. Na tela inicial do robô, o paciente deverá informar nome e telefone e já poderá retirar pelo lado esquerdo da máquina um estojo esterilizado. Enquanto isso, aparecerá na tela um código de barras, que contém os dados cadastrados para que o resultado seja escaneado e enviado assim que estiver pronto. Depois de feito, o teste é recolocado no estojo com o código impresso e inserido na máquina. Para finalizar, o voluntário responsável aperta um botão, que esteriliza o equipamento com os raios UV, para que não tenha risco de contaminação para a pessoa seguinte.

O projeto está em fase de aprovação e o grupo já escreveu um artigo e elaborou apresentações audiovisuais, que serão entregues aos avaliadores da instituição. Se aprovada, a máquina passa para a fase de realização e, com o resultado positivo, será replicada para uso da população.  

A curiosidade de Pedro pela pesquisa começou cedo e, aos 9 anos, o jovem cientista já havia criado uma espécie de laboratório em sua casa. No ensino fundamental, elaborou diversos projetos e a paixão pela área foi crescendo. Com o desenvolvimento de uma membrana de absorção rigorosa, que tinha como objetivo retirar o petróleo e liberar água limpa sem resíduos, viajou pelo Brasil e conquistou diversos prêmios e condecorações, impulsionando sua trajetória na pesquisa. Membro de diversas academias científicas, em 2019 foi indicado ao Nobel para jovens cientistas.

“Acredito que para a sociedade funcionar é preciso existir um equilíbrio entre a área científica e a social. Todo mundo pode fazer a sua parte e o incentivo a ciência é uma das coisas mais importantes que temos. Os jovens têm ideias muito boas e é preciso dar voz a isso”, destacou.

Hoje, Pedro está cursando o primeiro semestre de química no IFSul e pretende seguir na área da pesquisa. Apesar do ingresso recente no curso, sua história com a instituição já vem sendo escrita há algum tempo. “Sempre participei das feiras de ciência organizadas pelo câmpus e admiro o ensino e incentivo dos professores. Acredito que posso crescer muito no meu objetivo científico dentro do IFSul”, contou.