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Formatura da primeira turma da Química completa 40 anos

MEMÓRIA

Com excelente infraestrutura física, equipamentos de ponta e professores altamente qualificados, o curso é um dos mais concorridos do câmpus Pelotas
publicado: 17/12/2021 01h19, última modificação: 17/12/2021 01h19

Dezessete de dezembro de 1981. Há exatos 40 anos, subia ao palco do Theatro Guarany a primeira turma de formandos do curso técnico em química da então Escola Técnica Federal de Pelotas (ETFPel), atual câmpus Pelotas do IFSul. Ao todo, 54 alunos relacionados pelo cerimonial da época aguardavam ansiosamente pelo tão sonhado diploma. Cinquenta e quatro vidas e um mesmo desejo: dar início a uma trajetória profissional e poder fazer a diferença na sociedade.

No grupo dos pioneiros da Química estava Wagner Gerber, hoje empresário e professor aposentado do câmpus Pelotas. Ele conta que ingressou como aluno em 1978. Fez o chamado semestre básico, mas foi reprovado. Coincidência ou não, o fato é que o deslize retardou a sua jornada acadêmica até 1979, ano em que foi aberta a primeira turma do curso técnico em química.

“Ter rodado aquele semestre, além de uma lição de vida, mostrando que eu tinha que caprichar mais nos estudos, me colocou em condições de entrar na primeira turma de Química. Optei por este curso por ser algo novo na época, mas minha ideia inicial era fazer Edificações, pois meu sonho era construir pontes. Depois pensei até em cursar Mecânica”, diz Gerber, hoje feliz da vida com a decisão mais acertada que tomou na vida, segundo ele.

A relação dele com a Química vai muito além. Depois de aluno, tornou-se professor substituto do curso em 1987, sendo efetivado em 1989, após ter sido aprovado em primeiro lugar em concurso público. Lecionou lá por 12 anos até concluir o doutorado e retornar à sala de aula, desta vez no curso superior de tecnologia em saneamento ambiental e na engenharia química.

“Sempre vai ter mercado para o técnico em química. O curso foi o grande transformador do meu conhecimento. Tínhamos muitas aulas práticas, muitas horas de laboratório, acho que esse era um ponto extremamente relevante do curso naquela época”, avalia.

O carinho e o sentimento de gratidão de pela Química e também pela instituição de ensino ultrapassam as palavras e se materializam em atitudes. Um exemplo disso foi no ano passado, no auge da pandemia do novo coronavírus. Mesmo já aposentado, Gerber e um grupo de professores do câmpus Pelotas se uniram para viabilizar a reforma de uma destilaria em Canguçu, para produzir álcool em gel e líquido, a partir de bebidas apreendidas pela Receita Federal. Até hoje os produtos continuam sendo fabricados e doados a hospitais e unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) de Pelotas e região. O projeto segue em 2021, agora com novidades.

“Além desta, reformamos uma outra destilaria em Canguçu. Eu também tenho uma destilaria, aqui em Pelotas, que será colocada a serviço desse projeto. A empresa Sagres vai ceder o espaço, e nós vamos entrar com a destilaria para dar continuidade a essa bela iniciativa”, ressalta Gerber, que faz questão de elogiar o empenho de todos os envolvidos no projeto, que utilizaram recursos próprios para poder colocar a ideia em prática.

 

A Química hoje

Uma das lembranças mais marcantes da primeira turma formada no curso é o quadro de ex-alunos, instalado no saguão principal do pavilhão da Química. Mesmo 40 anos depois, ele chama atenção tanto pelo pioneirismo daqueles que desbravaram o curso como também pela criatividade.

“As fotos dos formandos foram colocadas de tal maneira que retrata uma tabela periódica adaptada”, conta o professor Isnar Martins, atual coordenador do curso técnico em química do câmpus Pelotas.

Segundo ele, o curso hoje é ofertado nas modalidades integrado e subsequente e está em sintonia com o mundo do trabalho e suas constantes mudanças, que exigem muitas habilidades.

“Esta característica é reconhecida pela comunidade, haja vista o expressivo percentual de profissionais com diploma de cursos superiores que procuram o nosso curso para complementar a capacitação”, aponta.

Para o coordenador, os pontos positivos do curso técnico em química do câmpus Pelotas são a invejável infraestrutura física, com laboratórios e equipamentos de última geração, e o quadro de professores altamente qualificados, além do ambiente acolhedor aos alunos.

Martins vê com bons olhos o processo de verticalização do ensino no câmpus, ou seja, a possibilidade de o aluno cursar, em uma mesma área, um curso técnico e seguir sua jornada até a pós-graduação.

“Aqui no câmpus, oferecemos o curso técnico em química, a engenharia química e o mestrado profissional em ciências ambientais. Esta é uma característica muito positiva, na minha opinião, e é comprovada pela grande procura dos formandos pelos cursos superiores. Vislumbrando este caminho, o aluno torna-se mais engajado, e todos ganham. A verticalização trouxe mais recursos, disponibilizando uma estrutura mais completa que beneficiou a todos”, finaliza.

Clique aqui e confira algumas relíquias da formatura de 1981.