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Professora belga visita câmpus Pelotas

INTERNACIONAL

Pascale Hellebaut, de Antuérpia, conheceu a unidade e trocou experiências com docentes da área do design
publicado: 06/12/2018 18h38, última modificação: 06/12/2018 18h50

Há pouco mais de uma semana no Brasil, a professora de cerâmica da Escola de Belas Artes da cidade de Arendonk, na Bélgica, Pascale Hellebaut, aproveitou a estada no Rio Grande do Sul para visitar as dependências do IFSul/câmpus Pelotas. Acompanhada do marido, um pelotense naturalizado belga há 15 anos, ela conheceu a instituição de ensino nesta quinta-feira (6) e conversou com docentes da área do design sobre técnicas de confecção de moldes e tipos de materiais empregados.

Pascale, 53 anos, chegou ao Brasil no dia 29 de novembro para ministrar uma palestra no Rio de Janeiro. Na quarta-feira (5), a professora belga desembarcou em Pelotas, onde participará do aniversário de 80 anos da mãe de seu marido, o professor de dança Luiz Eduardo Pereira Amaro, 51 anos, mais conhecido como Mano Amaro.

Atualmente, o casal mora em Antuérpia, na Bélgica, maior cidade da região de Flandres com cerca de 500 mil habitantes.

“Estamos casados há 21 anos e temos um filho de 20. Conheci a Pascale quando fui para a Bélgica e acabei ficando de vez. Foi amor à primeira vista”, conta Mano Amaro, que dá aulas de dança em escolas públicas da Antuérpia, além de produzir seus próprios espetáculos de dança, que unem música autoral, coreografia e vídeo.

A convite do amigo e professor do câmpus Pelotas, Éder Coutinho, Pascale e Mano Amaro aproveitaram a curta temporada ao lado da família, em Pelotas, para conhecer a “famosa Escola Técnica”. Por conta da afinidade profissional, Pascale fez questão de ver de perto os cursos da área do Design e alguns trabalhos produzidos por estudantes.

“Já visitei Pelotas sete vezes, mas nunca tinha vindo aqui (câmpus). Gostei bastante das maquetes em 3D e dos projetos que trabalham formas e composições”, destaca Pascale, que fala e entende bem a língua portuguesa.

Há mais de 30 anos, ela leciona na Escola de Belas Artes de Arendonk, município de pouco mais de 12 mil habitantes que fica a 45 minutos de Antuérpia. Em suas aulas, ela utiliza argila líquida como principal matéria-prima para a confecção de cerâmicas não utilitárias, aliando conceitos e técnicas de “assemblage”, termo de origem francesa que significa montagem, ou, nas palavras da própria Pascale, “um ajuntamento de formas que já existem para que sejam transformadas, posteriormente, em outras”.

“É um trabalho de experimentação e desconstrução, buscando coisas novas, novos formatos, sempre embasado por um conceito”, completa.

Titular do Departamento de Ensino Técnico de Nível Médio, a professora Marina Mendonça Loder, que acompanhou o casal durante o tour pelo câmpus, ressalta a importância da troca de experiência entre docentes, sobretudo de áreas afins.

“Sem dúvida, a vivência e a bagagem da professora Pascale permitiram um intercâmbio cultural riquíssimo. É sempre muito importante estarmos antenados às novas tendências na área da educação”, observa.

Pascale e Mano Amaro retornam para a Bélgica na segunda-feira (10).