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Química forense é destaque na programação da semana acadêmica

A QUÍMICA DA INTERFACE

Tema retratado em séries e filmes policiais foi um dos preferidos entre os participantes do evento
publicado: 10/05/2018 12h24, última modificação: 10/05/2018 12h24

Viciada em séries como CSI e Breaking Bad, a estudante Thaíz Gonçalves, 16 anos, não perdeu tempo e, assim que ficou sabendo da programação oficial da semana acadêmica A Química da Interface, tratou logo de confirmar a sua inscrição para a palestra sobre química forense, um dos destaques do evento promovido em conjunto pelo curso técnico em química, Diretório Acadêmico (DA) da engenharia química e mestrado em engenharia e ciências ambientais do câmpus Pelotas.

Proferida pela professora Clarissa Marques Moreira dos Santos, do curso de química forense da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a palestra caiu como uma luva, sobretudo para jovens que convivem diariamente com a dúvida sobre o seu futuro profissional. Na contramão desse universo de interrogações está estudante Thaíz Gonçalves, do curso técnico integrado em química do câmpus Pelotas.

“Já pensava em fazer química forense. Chego a maratonar várias séries, principalmente CSI e Breaking Bad, minhas favoritas. A área criminal me interessa muito”, conta.

O incentivo vindo da ficção deu a confiança necessária para que a estudante pudesse traçar planos para a graduação. Segundo ela, a palestra foi muito importante para esclarecer algumas dúvidas sobre a profissão de perito e as possibilidades de atuação desse profissional.

“Quero ser perita criminal e trabalhar na iniciativa privada porque o salário é bem mais atrativo”, planeja ela, que já garantiu participação em mais de 80% das palestras e minicursos oferecidos pela semana acadêmica.

Assim como Thaíz, o interesse pela química forense, para a maioria dos jovens, tem como principal motivador as badaladas e premiadas séries envolvendo investigações criminais e assuntos forenses, confirma a professora Clarissa Marques Moreira dos Santos.

“Sem dúvida, é a partir do sucesso dos seriados e filmes que os estudantes começam a despertar o interesse pela química forense. Na UFPel, essa graduação é bastante concorrida e praticamente não há evasão”, comenta.

A docente diz que o campo de atuação para os futuros químicos forenses é bastante promissor, tanto no serviço público como na iniciativa privada. Segundo ela, a graduação da UFPel tem duração de quatro anos e meio - duas turmas já se formaram no curso até agora – e, por conta de disciplinas específicas, oferece conteúdo e formação mais direcionados. Entre as cadeiras mais procuradas pelos alunos estão química forense e análise pericial.

“O trabalho de um perito é bastante complexo. Em uma cena de crime, por exemplo, a atuação de um químico forense contempla isolamento da área; coleta de vestígios; fotografia; análises químicas de amostras de sangue, saliva, sêmen, urina e demais fluídos corporais. Pode atuar ainda nas análises de balística, verificando resíduos de disparo de arma de fogo; análise de pigmentos de tinta presentes em veículos envolvidos em acidente e, também, utilizados na caneta utilizada por um falsificador de assinatura, sem falar nos relatórios que atestam se um indivíduo fez uso de drogas ou não”, detalha a professora.

A semana acadêmica A Química da Interface segue nesta quinta (10) e sexta-feira (11), com mais palestras e minicursos. Para conferir a programação oficial, visite a página oficial do evento no Facebook (CLIQUE AQUI).