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Alunos integrantes do Pibidi apresentam ações desenvolvidas em escolas de Pelotas

ENSINO SUPERIOR

Projetos desta edição trabalham lógica de programação na informática para a educação infantil e o ensino fundamental
publicado: 11/12/2019 19h27, última modificação: 11/12/2019 19h27

Integrantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibidi) no IFSul levaram para o saguão do câmpus Pelotas um resumo das ações desenvolvidas por eles em três escolas públicas de Pelotas, envolvendo estudantes da educação infantil e do ensino fundamental. A apresentação dos trabalhos teve início nesta quarta-feira (11) e vai até quinta-feira (12).

Nesta edição do programa, que compreende o período de agosto de 2018 a janeiro de 2020, estão participando 40 bolsistas, todos alunos do 4º e 5º semestres do curso de licenciatura em computação do câmpus Pelotas. Eles estão inseridos em dois subprojetos na área de informática, que têm como foco a lógica de programação e são coordenados pelos professores Róger Albernaz e André Caruso.

De acordo com a coordenadora institucional do Pibidi no IFSul, professora Bárbara Garré, o objetivo do evento montado no saguão do câmpus Pelotas é justamente apresentar e divulgar à comunidade a importância e a qualidade do trabalho desenvolvido pelos futuros docentes.

Os subprojetos estão sendo aplicados no Colégio Municipal Pelotense, no Instituto Estadual de Educação Assis Brasil e na Escola Municipal Doutor Alcides de Mendonça Lima. Conforme Bárbara, nas três instituições de ensino o retorno tem sido bastante positivo em relação à proposta.

“Os professores dessas escolas, responsáveis por supervisionar a atuação dos bolsistas do IFSul, já nos relataram que houve uma melhora significativa na aprendizagem de seus estudantes”, afirma a coordenadora institucional.

A coordenadora pedagógica da Alcides de Mendonça Lima, Alessandra Vaz, aprovou a proposta desta edição do programa. Para ela, a informática deveria fazer parte do currículo de todas as escolas.

“Com a informática, existe um ganho muito grande no processo de ensino-aprendizagem, sobretudo na educação infantil e no ensino fundamental”, ressalta.

Segundo o professor Róger Albernaz, coordenador de um dos subprojetos do Pibidi, um dos diferenciais desta edição foi trabalhar a produção de objetos educacionais inteligentes por meio da informática.

“Desenvolvemos softwares para atuar especificamente com crianças da educação infantil. Levamos o programa pronto, e com o auxílio de tablets, trabalhamos com os pequenos situações mais lúdicas, sempre utilizando a informática para abordar os conteúdos. Coisas que eles estavam acostumados a fazer no mundo físico, como reconhecimento de figuras geométricas, por exemplo, passaram a fazê-las no mundo virtual, com o apoio dos programas de informática”, explica.

Anderson Miguel Pintanael, aluno do 4º semestre do curso de licenciatura em computação e um dos bolsistas desta edição do Pibidi, está trabalhando com estes softwares na educação infantil do Colégio Municipal Pelotense. Ele conta que, com a ajuda da informática, tem conseguido desenvolver, com muito mais eficiência, o pensamento lógico nas crianças.

“Sem dúvida, existe uma interação muito interessante. Eles adoram a hora de trabalhar com a informática. Eu e meus colegas produzimos nosso próprio material e estamos trabalhando, com a ajuda da informática, cores, formas, tamanhos e profundidade”, observa Anderson Miguel, que, aos 26 anos, pretende seguir carreira na docência.

“Meu sonho sempre foi ser professor no IFSul e participar do Pibidi me mostrou que estou no caminho certo”, ressalta o bolsista, que, no ensino médio, foi aluno do curso técnico em eletrônica do câmpus Pelotas.

Quem também garante que está no caminho certo é Michel Silva de Matos, também bolsista desta edição do Pibidi. Ele atua no subprojeto coordenado pelo professor André Caruso e está trabalhando com estudantes do 3º ano ensino fundamental do Assis Brasil.

“Desenvolvemos dinâmicas de grupo, com jogos e brincadeiras, e também o raciocínio lógico por meio da informática, abordando elementos matemáticos, explicando às crianças, por exemplo, que existem números antes e depois do zero, que são os negativos e positivos. Conseguimos ainda trabalhar plano cartesiano e até a língua portuguesa, mostrando que toda a frase tem ordem e sentido”, explica o futuro professor Michel, de 38 anos.

Objetivos

Elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e educação básica está entre os principais objetivos do Pibidi. Para a coordenadora institucional do Pibidi no IFSul, professora Bárbara Garré, a missão do programa no instituto federal tem sido cumprida à risca.

“Essa aproximação que existe entre os pibidianos e às escolas participantes é fundamental para a formação dos alunos da nossa licenciatura em computação e valorização do magistério. Atuar no ´chão da escola´ mostra a esses futuros docentes as verdadeiras realidades dessas instituições de ensino e como eles podem contribuir para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem”, avalia.

O Pibid é uma ação da Política Nacional de Formação de Professores do Ministério da Educação (MEC) que visa proporcionar aos discentes na primeira metade do curso de licenciatura uma aproximação prática com o cotidiano das escolas públicas de educação básica e com o contexto em que elas estão inseridas.

O programa concede bolsas a alunos de licenciatura participantes de projetos de iniciação à docência desenvolvidos por instituições de educação superior (IES) em parceria com as redes de ensino.

Os projetos devem promover a iniciação do licenciando no ambiente escolar ainda na primeira metade do curso, visando estimular, desde o início de sua formação, a observação e a reflexão sobre a prática profissional no cotidiano das escolas públicas de educação básica.