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Mostra apresenta trabalhos de biologia aplicados a cursos técnicos

ENSINO

Batizado de MoBio, evento reuniu mais de 30 trabalhos e cerca de 300 estudantes
publicado: 31/10/2018 16h50, última modificação: 31/10/2018 16h50

O saguão do câmpus Pelotas sediou nesta quarta-feira (31) a 2ª Mostra de Biologia (MoBio) do IFSul. Com o tema “Evolução, o sentido da biologia”, o evento deste ano reuniu mais de 30 trabalhos temáticos e envolveu cerca de 300 alunos de diferentes cursos técnicos integrados.

De acordo com o coordenador da disciplina de biologia no câmpus Pelotas e um dos organizadores da mostra, professor Renato Brito, a MoBio 2018 teve como objetivo principal mostrar a importância do ensino da biologia nos cursos técnicos de nível médio, sempre vinculando o seu conteúdo com as disciplinas técnicas.

“Participam da MoBio estudantes do primeiro ao terceiro semestre, que são justamente as etapas dos cursos nas quais são ministradas as aulas de biologia. Durante a exposição, foi possível observar que cada turma trabalhou conteúdos de acordo com seu nível de adiantamento. Por exemplo, o primeiro semestre focou mais no desenvolvimento celular; o segundo, na criação de protótipos de invertebrados; e o terceiro trabalhou a questão genética e extração de DNA”, explicou.

O professor destacou ainda que, em relação à primeira edição do evento, a MoBio 2018 apresentou como novidades a exposição de trabalhos com protótipos e uma palestra – ministrada pelo professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Gilberto Vieira, e que abordou a evolução através dos genes.

Conexão

Uma das principais propostas da MoBio é conectar o ensino da biologia com os diferentes cursos técnicos integrados oferecidos no câmpus Pelotas. E parece que os cerca de 300 estudantes participantes da segunda edição entenderam bem o recado.

Aluno do terceiro semestre do curso técnico em química, Thiago Lopes e os colegas de grupo apostaram semanas de estudo em uma nova espécie de libélula, a Erythrodiplax-ana, encontrada em Uberlândia (MG) e na Chapada dos Guimarães (GO). Thiago disse que o inseto macho chamou a atenção dos cientistas - e deles próprios - porque produz uma cera que, além de refletir a luz ultravioleta, dando a coloração azul característica dessa espécie, pode também servir como um protetor solar potente e impermeável.

“Inclusive, cientistas já estão tentando sintetizar os componentes químicos desta cera em laboratório para produzir um protetor solar extremamente eficaz para ser aplicado em seres humanos. Ainda seria possível usar as propriedades dessa cera para aplicar em instrumentos ópticos, pela sua capacidade de reflexão, automóveis e até em indicadores de qualidade de água, já que ela também é capaz de identificar metais pesados e elementos de contaminação”, acrescentou.

Já para um grupo de alunos do segundo semestre do curso técnico em eletromecânica, o desafio foi reproduzir um escorpião, pertencente ao filo Arthropoda, com materiais utilizados diariamente pelos estudantes nas práticas de oficina. Eles reuniram chaves de boca, porcas de diferentes tamanhos, arame e sucatas de alumínio e aço. E o resultado foi surpreendente.

“Até assusta um pouco, né! Acho que conseguimos fazer um protótipo o mais fiel possível a partir do que pesquisamos sobre o assunto”, comemorou Gustavo Leitzke, um dos integrantes do grupo.

O público que prestigiou a mostra teve ainda a oportunidade de conferir trabalhos com temáticas bastante diversificadas, mas todos mantendo a conexão entre a biologia e os diferentes curso técnicos, como as casas sustentáveis, da edificações; o insetário ornamentado com leds, da eletrônica; entre outros.