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Três cursos do câmpus Pelotas conquistam conceito 4 no Enade 2019

EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

O desempenho colocou as engenharias elétrica e química e o curso superior de tecnologia em gestão ambiental no ranking dos cinco melhores do RS, em suas áreas
publicado: 22/10/2020 19h10, última modificação: 27/10/2020 19h43

O câmpus Pelotas tem motivos de sobra para comemorar o resultado do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2019, divulgado na terça-feira (20) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os três cursos da unidade de ensino avaliados nesta edição - engenharia elétrica, engenharia química e o curso superior de tecnologia em gestão ambiental – obtiveram o conceito 4, em uma escala que vai de 1 a 5.

Ao todo, 435 mil estudantes de 1.225 instituições de todo Brasil foram inscritos. As provas foram aplicadas em 1.063 municípios e contaram com a presença de 389 mil concluintes de cursos de graduação.

Considerando o Conceito Enade Contínuo, entre as 185 instituições avaliadas na sua área, a engenharia química do câmpus Pelotas ficou em 37º no ranking nacional e em 2º no RS, atrás apenas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

“Acredito que muito desse grande resultado se deve à base técnica muito forte que vem do curso técnico em química. Isso mostra que os nossos estudantes concluintes de engenharia química têm um conhecimento agregado que vai fazer diferença lá na ponta. O nosso egresso é um egresso de qualidade”, destaca Jander Monks, professor e coordenador da engenharia química do câmpus Pelotas.

O Enade 2019 foi o primeiro da engenharia química. Até então, o curso, implantado em 2013, contava com um conceito 4 obtido em uma avaliação in loco realizada pelo Ministério da Educação (MEC) em 2017. “Faltava o Enade para realmente confirmar o nosso conceito 4”, observa Monks, lembrando que o curso já conta hoje com duas turmas de formandos.

O coordenador afirma que o câmpus Pelotas tem mantido a tradição de oferecer um ensino de qualidade, com atuação docente destacada em sala de aula, além de infraestrutura adequada para as atividades pedagógicas. Para ele, são pilares importantes e que fazem a diferença em avaliações como a do Enade.

“O comprometimento do professor em não deixar para trás o conteúdo, em exigir empenho do estudante, sem facilitações durante o processo, mostra que estamos no caminho certo. Ao manter esta tradição do ensino forte na instituição, estamos também garantindo as condições necessárias para que tenhamos profissionais cada vez mais qualificados”, avalia. Para Monks, o apoio das coordenadorias de áreas físicas e de formação geral, de servidores, da direção do câmpus, das pró-reitorias do IFSul e de demais setores tem sido fundamental para que a engenharia química consiga atingir seus objetivos.

A outra engenharia do câmpus avaliada no Enade 2019, a elétrica, entre as 450 participantes do seu segmento, obteve a 24ª posição no país e o 2º lugar no RS – a 1ª colocada foi a UFRGS. Conforme o professor e coordenador Adão Antônio de Souza Junior, esta é a quarta vez que o curso participa do exame e, em todas elas, vem mantendo sempre um “bom resultado”.

Souza Junior explica que o curso vem passando por uma reestruturação em sua matriz, com uma integração maior entre suas quatro grandes áreas: sistemas de energia, eletrônica, automação e controle e telecomunicaçõs. Aliás, esta última se tornou um braço importante para a inserção de alunos em projetos de extensão, fato que, segundo o coordenador, tem trazido novos conhecimentos ao estudante e aproximado ainda mais a instituição de ensino da sociedade.

“Além desta reformulação na matriz do curso, houve também ganhos de infraestrutura, com novos laboratórios. Tudo isso reflete na qualidade do ensino ofertado aos nossos estudantes. Parabéns a todos por mais este resultado positivo no Enade”, comemora o coordenador, que faz questão de destacar a atuação do curso e de seus estudantes nas ações de enfretamento à Covid-19, tais como manutenção e conserto de equipamentos hospitalares, produção de protetores faciais, confecção de caixas de entubação e aerocâmaras, diagnóstico para o novo coronavírus por meio de inteligência artificial, entre outras.

Já o curso superior de tecnologia em gestão ambiental ficou em 18º no ranking nacional e em 4º no estadual, entre as 125 instituições avaliadas na sua área. Conforme o professor e coordenador Charles Huber, o resultado do Enade 2019 deixa claro a importância do trabalho coletivo no curso. O docente também atribui o conceito 4 à atuação e dedicação de professores e técnico-administrativos que atuam no curso, destacando, ainda, o papel fundamental dos alunos em todo o processo.

“É importante salientar que este excelente resultado é fruto também de nossas políticas pedagógicas, como a verticalização do ensino, onde temos professores atuando tanto na pós-graduação como no ensino técnico, e da participação dos estudantes nas três bases, que são o ensino, a pesquisa e a extensão. Tudo isso somado se refletiu nesta edição do Enade. Estamos muito felizes com o desempenho e continuaremos trabalhando para o melhoramento contínuo do curso”, diz Huber.

A direção do câmpus Pelotas comemorou bastante o desempenho de seus três cursos no Enade. Conforme o diretor de Ensino, Rafael Krolow, e o chefe do Departamento de Ensino de Graduação e de Pós-graduação da unidade, Julio Ruzick, qualidade é a palavra que define essa conquista.

“Sem dúvida, foi um grande resultado. O conceito 4 conquistado pela engenharia química, engenharia elétrica e pelo superior de tecnologia em gestão ambiental é uma demonstração de qualidade. Qualidade do projeto pedagógico dos cursos em questão, do trabalho de todos os servidores envolvidos e, sobretudo, dos estudantes que prestaram o exame. Nossos alunos estão de parabéns pelo alto nível de conhecimento demonstrado no Enade 2019, o que ratifica a posição de referência do câmpus Pelotas também no ensino superior”, destacam.

Domínio das instituições públicas

A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é um dos principais destaques do Enade 2019. Em uma escala de 1 a 5, 41% das instituições tiveram nota 4 e 11% conseguiram alcançar o conceito máximo. Em nível de comparação, 30% das universidades brasileiras alcançaram a nota 4 e 11% delas a nota 5.

Para entender o desempenho da Rede Federal no Enade, a vice-presidente de Assuntos Acadêmicos do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Sônia Regina de Souza Fernandes, explica que é preciso considerar alguns pontos, como a qualificação dos professores no processo de formação de docência e na titulação (segundo a plataforma Nilo Peçanha, do Ministério da Educação, 51% dos professores da Rede Federal possuem mestrado, 34% doutorado e outros 12% tem alguma especialização), além da busca da articulação da pesquisa, ensino, extensão “tendo a inovação tecnológica como eixo transversal nos processos de inovação”.

Entre as instituições avaliadas pelo Enade, 85% eram privadas e 15% públicas. No entanto, as públicas se destacaram com as melhores médias do conceito Enade. Apenas 6,1% das instituições alcançaram a nota 5. Dessas, 82% são instituições públicas e 18% privadas. Na outra ponta, entre as instituições que tiveram nota 1 e 2, 93% são privadas. A maior parte das instituições privadas obtiveram nota 3, na média do conceito.

O exame

O Enade avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional e o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.

Aplicado pelo Inep desde 2004, o exame integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), composto também pela avaliação de cursos de graduação e pela avaliação institucional. Juntos, eles formam o tripé avaliativo que permite conhecer a qualidade dos cursos e instituições de educação superior brasileiras. Os resultados do Enade, aliados às respostas do Questionário do Estudante, são insumos para o cálculo dos Indicadores de Qualidade da Educação Superior.

As áreas são avaliadas a cada três anos. Em 2019, fizeram a prova alunos que concluíram o bacharelado em engenharia, arquitetura e urbanismo, ciências agrárias, ciências da saúde e áreas afins, além daqueles de cursos superiores de tecnologia das áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e segurança. Ao todo, foram 29 cursos,  sendo 23 bacharelados e seis superiores de tecnologia.

A prova do Enade é composta por 40 questões, sendo dez de formação geral, que aferem aspectos da formação profissional, e 30 de componente específico, com perguntas específicas sobre o curso no qual o aluno está se formando. Esse teste permite que o MEC produza dois indicadores de qualidade: o Conceito Enade e o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Esperado e Observado (IDD).

O Conceito Enade é calculado a partir do desempenho dos alunos na prova. Já o IDD leva em conta também o desempenho do aluno no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para medir o valor agregado pelo curso ao desenvolvimento dos estudantes concluintes. 

Texto: CCS/câmpus Pelotas com informações da Ascom/Conif.